Doação: Farmácia Senos - Ílhavo

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Doação: Farmácia Senos - Ílhavo

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subsecção   Subsecção

Código de referência

PT/OF/CDF/E-E010

Tipo de título

Atribuído

Datas de produção

1835  a  1976-05-24 

Dimensão e suporte

13 UI

Produtor

Farmácia Senos, João Baptista Pinto, Carlos A. A. R. Richter, Dr. A. V. Horta Santos, Dr. Alcino Couto, Dr.ª Alice Figueiredo, Clínica dos Médicos Augusto Bibelo e Frederico Moura, Dr. F. Mendes Graça, Dr. Frederico de Moura, Dr. José Nunes Vidal Calisto, Dr. José Rito, Dr. José Santos, Dr. Luiz Raposo, Dr. Manuel Amador da Cruz, Dr. Manuel Ribeiro da Costa Pimentel, Dr. Paulo Ramalheira, Manuel Ferreira Cunha, Instituto Pasteur de Lisboa, Laboratório da Farmácia Bairrão, Laboratórios Medico-Farmacêuticos da Vichy, Diário de Noticias, Augusto Castilho, Drogaria Madeira, Farmácia Cunha, C. J. Xavier Cordeiro, Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, Joaquim Urbano da Veiga, Silva Machado, Emílio Fragoso

História administrativa/biográfica/familiar

A Farmácia Senos foi fundada em 1836 com o nome de Farmácia Cunha. A primeira farmácia que abriu em Ílhavo no ano de 1807 pertencia a Oliveira Vidal que teve duas filhas, uma casou com Alexandre Cesário Ferreira Cunha, farmacêutico que viria a assumir a farmácia do sogro. Sucedeu-lhe um filho José Vieira e a este o seu filho Agostinho Vieira que se tornou proprietário da farmácia por volta de 1880. Agostinho Vieira teve um filho, Manuel Ferreira da Cunha, farmacêutico que foi muito ilustre na época. Tal como seu pai tirou o curso de farmácia na Universidade de Coimbra. Manuel Ferreira da Cunha participou em diversos jornais regionais e nacionais, foi correspondente durante cerca de 40 anos do Jornal de Notícias, sendo o seu primeiro artigo publicado no “Jornal da Manhã” datado de 1881. Fez diversas biografias de que se destacam a de Sousa Martins e Sousa Teles. Participou na elaboração do Dicionário “Portugal”. Em 1888 foi eleito correspondente da Sociedade Farmacêutica e em 1908 foi convidado para o cargo de membro da Academia “Phisique Chimique Italienne” em 1924 foi convidado para membro da “Societé Académique d’Histoire International” (1924). Foi ainda eleito em 1900 presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo, e entre 1900 e 1903 ocupou o cargo de Administrador do Concelho. Esteve envolvido na criação do hospital de Ílhavo. A Sociedade Farmacêutica Lusitana distinguiu-o com um voto de louvor. Em 1944, a Dr.ª Eduarda do Béu Senos da Fonseca, farmacêutica licenciada pela Universidade de Coimbra em 1935, adquiriu a Farmácia Cunha, e pagando uma renda mensal às irmãs de Manuel Ferreira da Cunha. Manteve-se a designação de Farmácia Cunha até 1972, altura em que passou a designar-se por Farmácia Senos. A Dr.ª Maria Eduarda do Béu Senos da Fonseca assumiu a Direção da farmácia até 1988, altura em que lhe sucedeu Ana Constança Senos Fonseca Picado, sua neta, que procedeu entretanto a obras de remodelação da farmácia, mantendo elementos originais, tais como a grade que separava o balcão sob um degrau dos utentes, os armários com gavetas pintadas por Vítor Rousseau, primeiro mestre da Vista Alegre entre 1835 e 1892, porta do laboratório, cadeirão e frascaria. O balcão original, segundo contava a Dr.ª Eduarda do Béu Senos da Fonseca era uma espécie de altar e foi cedido por esta a um padre de Ílhavo que o teve na sua capela particular, entretanto demolida.

Âmbito e conteúdo

Nesta subsecção reúnem-se documentos em formato digital e livros doados pela Dr.ª Ana Constança Senos Fonseca Picado, proprietária da Farmácia Senos em Ílhavo ao Centro de Documentação Farmacêutica no âmbito da Campanha "Vamos Fazer História" e inclui um conjunto de manuscritos da autoria de Manuel Ferreira da Cunha, farmacopeias, Anotações de preparados, fotografias da farmácia, de diplomas, de móveis, frascaria, mobiliário, rótulos, receitas e apontamentos, recortes de jornal, folhetos, requisições, fórmulas e publicações de âmbito farmacêutico e médico.

Idioma e escrita

Português